Práticas sustentáveis na agropecuária de baixa emissão serão incentivadas no Brasil

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Lançamento do maior plano safra do país prevê incentivos financeiros para produtores rurais com ações de sustentabilidade

A transição para uma economia de baixo carbono está modificando ações até mesmo na agricultura no Brasil. Esta semana, durante o lançamento do maior Plano Safra da história do país, a ministra do meio ambiente, Marina Silva, destacou que a transição para agropecuária de baixo carbono é irreversível e por isso, este ano, incentivos financeiros estão sendo propostos para produtores rurais que adotarem práticas mais sustentáveis.

Na ocasião, Silva explica que ganharão incentivos financeiros aqueles produtores que além de adotarem práticas mais sustentáveis, também mantenham o Cadastro Ambiental Rural (CAR) sem passivos ambientais. Outros aprimoramentos envolvem restrições de acesso a crédito rural para imóveis com desmatamento ilegal ou que ocupem territórios indígenas e áreas protegidas.

A importância do setor para diminuir as altas taxas de emissões de gases poluentes também foi lembrada pela ministra.

“Com estímulos financeiros crescentes para produtores rurais que buscam uma produção mais sustentável e o aprimoramento das restrições, estamos dando passo certo, largo e irreversível rumo à transformação do nosso Plano Safra em um dos maiores programas globais de transição para uma agropecuária de baixa emissão de carbono, ao mesmo tempo em que caminhamos rumo ao desmatamento zero. Quando o presidente Lula diz que seremos exportadores de sustentabilidade, podem ter certeza: os senhores poderão ser a linha de frente dessa exportação de sustentabilidade” destacou ela.

O novo plano safra prevê redução de 0,5 ponto percentual na taxa de juros de custeio para os produtores rurais que possuírem o CAR analisado. Contudo dentre as condições estão: 1) em Programa de Regularização Ambiental (PRA), 2) sem passivo ambiental ou 3) passível de emissão de cota de reserva ambiental.

“Também terão direito à redução de 0,5 ponto percentual na taxa de juros de custeio os produtores que adotarem práticas de produção agropecuária consideradas mais sustentáveis, como: produção orgânica ou agroecológica, bioinsumos, tratamento de dejetos na suinocultura, pó de rocha e calcário, energia renovável na avicultura, rebanho bovino rastreado e certificação de sustentabilidade. A definição do rol dessas práticas, bem como a regulamentação de como elas serão comprovadas pelos produtores rurais junto às instituições financeiras, ocorrerá posteriormente ao lançamento do plano", explica o Ministério de Meio Ambiente e Mudança de Clima. Silva comenta ainda que outros programas governamentais estão sendo criados a fim de incentivar a agropecuária de baixo carbono como RenovAgro, Inovagro, o Proirriga, o Moderfrota e o Moderagro.

“Não há como, de um dia para o outro, fazermos toda a nossa agricultura menos intensiva em carbono, mas podemos começar, e é isso que estamos fazendo aqui hoje. Estabelecendo etapas para que os produtores voluntariamente possam decidir por um modelo de produção que, sem deixar de ser economicamente atrativo e próspero, esteja também em sintonia com as necessidades e demandas globais” finaliza Marina.

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