Perspectivas de crescimento de baterias no Brasil são bastante positivas

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Crescimento de fontes renováveis intermitentes pelo mundo estão exigindo cada vez mais inovação tanto em sistemas de grande porte como grande escala.

A produção de energia limpa no mundo tem trazido oportunidades ao mercado de baterias. No Brasil as perspectivas são bastante positivas e durante a 7ª edição do Congresso Brasileiro de Geração Distribuída (CBGD) muitos profissionais do setor reforçaram sua importância.

Para Raul Beck, especialista do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), as pesquisas mostram um caminho inflexível na eliminação das fontes fósseis de energia no mundo e em contrapartida as energias renováveis se mostram cada vez mais como as protagonistas da história.

Porém Beck destaca que mesmo com esse crescimento de fontes alternativas limpas, muitas ainda são intermitentes, o que dificulta seu despachamento sem sistemas de armazenamento de energia.

“É claro que existem outros métodos de armazenamento. Podemos ter usinas reversíveis, usinas hidráulicas reversíveis, sistemas de armazenamento de ar comprimido no subsolo, sistemas de armazenamento de massa, de energia potencial, de grandes sistemas. Mas a mais prática, a mais rápida, a mais adequada para aplicação em qualquer local certamente são as baterias pela sua flexibilidade, pela sua facilidade de ser modularizada, instalada rapidamente em qualquer condição, em qualquer situação, em qualquer local. Então eu não vejo alternativa para o desenvolvimento necessário do setor energético global sem baterias, sem grandes sistemas que sustentem a demanda cada vez mais decente de energia elétrica no mundo” afirma o especialista.

Quem também comenta o assunto é Fernando Schmidt, especialista da PHB Solar. Para ele as perspectivas do setor são muito positivas tanto para sistemas menores, ou seja, de menor porte para residências e comércios, como também em grande escala. Ele acredita que os sistemas menores ganhem presença justamente pela cobrança do fio, uma vez que o cliente tende a pensar bastante no custo e o armazenamento veio como uma alternativa bastante confortável neste sentido.

“O armazenamento se difundiu quando houve, por exemplo, uma cobrança do fio e ele começou a ficar viável também financeiramente, pois no final das contas o cliente se importa muito com o custo e quando que vai ser viável ou não instalar além do conforto. A gente sabe que na Europa as baterias já estão bastante disseminadas, que não existe compensação de 1 para 1 por exemplo de energia e vale a pena você operar numa fonte solar fotovoltaico durante o dia, armazenar isso e despachar quando você precisa e não despachar para a rede” explica Schmidt.

Para o especialista a perspectiva no ambiente residencial é muito boa. No cenário interligado nacional, por sua vez, Schmidt acredita que o Brasil, em especial, precisa muito da inserção de armazenamento na rede básica e isso deve se expandir consideravelmente no futuro.

“Isso já começou na região Sul de São Paulo e isso aí vai se expandir provavelmente porque a gente tem ali para o nordeste e norte de Minas uma grande concentração de geração eólica e solar que são intermitentes” finaliza o especialista.

O debate completo sobre o assunto pode ser assistido através do Canal do Grupo FRG no YouTube através do link: https://www.youtube.com/watch?v=S27cmQwjumc&list=PL41h8vStCx17UDXMA2eSrtEfeEd7uDxej&index=14

Fonte: Canal Eólica BR

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