Geração Distribuída no Brasil em 2023 prevê juros baixos e muitos projetos de armazenamento de energia

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País hoje já conta com potencial de 15GW de energia através da micro e mini geração e deve se tornar em breve a segunda fonte mais utilizada no país.

A produção de energia renovável em todo o mundo vem se tornando uma necessidade principalmente diante das mudanças climáticas afloradas devido à poluição. Com isso, a geração da própria energia pelo consumidor tem sido também uma das mais incentivadas, visto que além da segurança energética, cada consumidor estará fazendo a sua parte em relação ao meio ambiente.

Durante o Congresso Brasileiro de Geração Distribuída (CBGD 2022), os especialistas destacaram que o potencial para o 2023 se mostra muito positivo. Gil Pereira, deputado e um dos precursores da fonte no país, destacou que em novembro o Brasil alcançou a marca de 15 GW de energia, ou seja, mais que a geração de uma Itaipu e a expectativa é ainda maior para o próximo ano.

“Dia 7 de novembro nós batemos o recorde de 15GW de energia solar fotovoltaica em GD, ou seja, mais que uma Itaipu. Nós temos a satisfação de dizer que esse prazo de 14 para 15 GW foi apenas 25 dias. Então realmente nós estamos subindo na proporção muito grande” afirma Pereira.

Com todo esse cenário de crescimento em 2022, a expectativa é que ela não seja muito diferente em 2023. Embora o Marco Legal de GD ainda esteja sendo debatido, diante da falta de cumprimento de prazos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o mercado de GD continuará com seu crescimento acelerado principalmente para novas áreas fomentadas com a nova legislação como no caso de tecnologias envolvendo inversores híbridos, armazenamento de energia em escala e também cooperativas.

Pereira afirma que o PL desenvolvido pelo deputado Celso Russomanno também deve abrir mais oportunidades, uma vez que o mesmo será votado em caráter de urgência e visa prorrogar mais de três anos a entrada em vigor da lei do Marco Legal, onde a taxação sobre o fio TUSD passa a acontecer. Dessa forma, mais projetos devem ser instalados nos próximos anos também.

Potencial de Minas para GD em 2023

Pereira destaca que Minas Gerais é hoje também o maior estado com instalação GD do país devido a políticas públicas desenvolvidas desde o começo por lá. Sozinho ele produz mais de 2GW a partir de micro e mini sistemas de energia e a tendência é que o número cresça ainda mais, uma vez que segundo o especialista a isenção do ICMS para equipamentos fotovoltaicos no estado foi prorrogado.

Para 2023 são esperadas mais 200 subestações de energia, as quais segundo ele, são extremamente importantes para escoar a produção de GD do estado. Além disso, o número de vagas de emprego também deve ser expressiva. Pereira destaca que o estado mineiro já gerou 68 mil empregos diretos com a energia solar fotovoltaica.

A participação da CEMIG também é vista como bastante pr1omissora no próximo ano, uma vez que ela poderá dar andamento as substações e proporcionar aumento nas conexões devido seus investimentos orçados em mais de 22,5 bilhões de reais.

Tendências para a GD em 2023

Pereira ressalta que o mercado de GD 2023 deve vir recheado de boas oportunidades. Além da possibilidade normal de GD em telhados, o especialista acredita que mais políticas públicas envolvendo projetos sociais em regiões carentes serão desenvolvidas a fim de contribuir também socialmente com elas.

Para ele a GD será tendência no agronegócio, bem como terá muitos investimentos devido a COP27, onde juros baratos, novas tecnologias, inovações, barateamento de equipamentos, sistemas de baterias e eletromobilidade são esperados.

“Como todos sabem nós vamos ter muito investimentos. Com a COP27, que aconteceu no Egito, nós vamos ter mais oportunidades com juros baratos. O mundo hoje está necessitando das energias renováveis. [...] Então a energia solar, a energia de GD é muito importante para que a gente possa reverter esse quadro e nós temos todas as condições, com as tecnologias, com inovação, com o barateamento das placas, enfim nós vamos ter esses benefícios a curto prazo ao nível internacional” afirma Pereira.

Para finalizar Pereira comenta ainda que a GD irá crescer consideravelmente no próximo ano devido à necessidade de segurança energética, visto que os recursos hídricos estão cada vez mais escassos.

“Á água todo mundo sabe que tivemos um período chuvoso muito crítico em 2020 e nós precisamos ter cada vez mais a energia solar para que a gente possa ter esse reservatório de água para ser usado emergencialmente. As baterias já estão chegando também e eu acredito que com mais celeridade. A EPE que é a empresa de pesquisa energética falava que só em 2030 nós iamos ter 11 GW de energia solar e agora nós já estamos aí com mais de 22 GW de energia solar em 2022 e a cada dia crescendo” finaliza o deputado.

Fonte: Canal Eólica BR

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